Com o desenvolvimento tecnológico é possível aprimorar a raça humana através de implantes cibernéticos. O mundo agora é controlado por algumas poucas mega-corporações que engoliram todos os seus concorrentes menores. Os índios conseguiram retomar vários territórios e fundaram a "Native American Nation" (Nações Nativas Americanas) e possuem novamente soberania e influência política. No meio disso tudo, estão os Shadowrunners: pessoas que não possuem registro e que são free-lancer que trabalham para as corporações quando estas não querem sujar suas mãos.
Ambientado num futuro não muito distante, seguido de um grande cataclismo que trouxe a mágica de volta ao mundo, ao mesmo tempo que o mesmo como a abraçar as maravilhas (e perigos) da tecnologia como o ciberespaço (a onipresente rede de computadores), engenharia genética e a fusão entre homem e máquina chamada de cyberware.
Elfos, anões, orcs e trolls despiram seus disfarces humanos, assumindo suas verdadeiras formas. Os animais selvagens também mudaram, tornando-se criaturas de mitos e lendas. A sociedade moderna persiste em sobreviver, tentando introduzir os recursos da magia num mundo tecnológico.
As décadas que se seguiram ao Despertar foram anos de tumulto, pânico e caos, como se os Quatro Cavaleiros do Apocalipse cavalgassem pela Terra. Mas o homem e seus semelhantes são de sangue quente. Da devastação e da anarquia, lentamente surgiu a ordem...
Shadowrun é diferente dos outros jogos de Cyberpunk: além dos arquétipos normais como o mercenário e o hacker, você tem possibilidade de jogar com um mago, um xamã, um rigger (pilotos especiais, que se conectam com os veículos através de conexão neural), um guerreiro indígena e o samurai urbano (a última palavra em predador urbano - guerreiros completamente modificados por implantes cibernéticos). Os players podem jogar com humanos, mas também com todas as raças que surgiram (Orcs, Trolls, Elfos e Anões).
O sistema de criação de personagem é simples. São usadas prioridades para calcular quantos pontos você irar gastar em atributos, habilidades, magia, dinheiro e escolha de raças. Os testes de perícias e atributos são feitos com D6: rola-se um número de dados igual a sua habilidade, e é preciso superar o valor da dificuldade (target number) imposto pelo mestre. Possui um sistema de combate e magia é simples, rápidos, mas sem abrir mão de um certo detalhamento. Shadowrun usa um sistema de dano interessante que divide o dano stun (atordoamento) do dano físico, e trabalha com níveis em ambos os tipos.
Infelizmente só foram traduzidos pela Ediouro e pela DEVIR livraria, além do livro básico, dois suplementos e uma aventura, sendo que em inglês o jogo possui incontáveis suplemenntos detalhando cidades, magia, equipamentos, novos implantes cibernéticos, corporações, criaturas e muitas outras coisas. Vale o comentário que os suplementos de cidades são extremamente bem feitos: livros inteiros de pura ambientação, sem nenhuma regra, lembrando muito mais guias turísticos futurista do nosso planeta Terra. O realismo é tamanho que a nossa curiosidade nos leva a tomar conta dos encartes desses suplementos: propagandas fictícias de lojas, restaurantes e outros locais importantes das cidades.
Esses jogos são fiéis a versão "papel e caneta", apesar de o grau de fidelidade variar. Todas as versões mostram uma influência japonesa significante. Existe também um jogo de cartas colecionáveis baseado em Shadowrun. Ele é um jogo que mistura em doses avassaladoras o mundo moderno e a magia arcana dos mundos de fantasia. E lembre-se do ditado das ruas:
"Fique ligado. Acerte no alvo. Poupe munição. E nunca - jamais! - rompa um trato com um Dragão."
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Ficha Técnica
Formato: 21,0 × 27,5 cm
Estrutura: 296 páginas
Capa: Supremo 250g, 4 cores, plastificada
Miolo: Offset 75g, PB
Formato: 21,0 × 27,5 cm
Estrutura: 296 páginas
Capa: Supremo 250g, 4 cores, plastificada
Miolo: Offset 75g, PB