Oldschool: mais interpretação, menos enrolação

Olá camaradas e donzelas.
Sabemos que o nosso querido hobby, o RPG, já teve muitas fases desde sua longínqua origem até os dias de hoje. Ele já enfrentou perseguições de fanáticos religiosos, sobreviveu à escasses de material em nossa língua e pouca grana dos jogadores (geração Xerox!), ao boom da internet e mais recentemente tenta manter-se firme em vista do crescimento da indústria dos jogos eletrônicos.
Dentre estas intempéries, ele sobreviveu. Mas muita gente (como eu!), acha que o RPG, como toda espécie viva na terra, passou por uma certa "seleção natural", tendo que se adaptar ao meio a fim de continuar existindo fisicamente, e não apenas no mundo virtual. E essa adaptação trouxe a tona uma questão que não existia a muitos anos atrás. Praticamente hoje em dia, a maioria dos sistemas usam e abusam de regras (a maioria apelona!) que visam criar personagens super-poderosos (antigamente conhecidos como "overpowers"). Como num maldito mangá ou anime ou ainda num MMO, onde o que importa é a jogabilidade, e não a principal fonte inspiradora que qualquer jogador de RPG que se preze deve utilizar: a imaginação.
A ideia principal deste blog é de que não há futuro para o RPG. Então como todo bom historiador, vamos nos agarrar ao passado. Vamos nos agarrar a antiga e única forma de jogar: interpretando. É daí que surgiu o termo "oldschool". Mais interpretação, menos enrolação. Engraçado que aqui perto de casa, em Andradas, sul de Minas, tem uma praça onde um bando de velhinhos joga baralho e dominó em mesinhas de pedra. Confesso que certo dia parei pra pensar se daqui a alguns anos não seríamos eu e meu grupo a estar ali desfrutando de umas boas horas de um bom e velho Advanced Dungeons e Dragons.
Abraço.