Contos: Prontos Para Uma Sopa de Pedras

Saudações cavernares a vocês que rastejam grutas com a mente...

Aqui quem vos fala é Junister, um aprendiz de Lych do longinquo reino do Suldem Inas. Eis que venho apresentar-lhes na minha premier para o SRM um velho novo jeito de jogar RPG.

Abstraiam:

Seu nome era Jucaz, um pária, um exilado... Ser banido da sociedade dos centauros com certeza significava que não mais seria aceito em lugar nenhum... mas ele não se preocupava... logo que os anciões decretaram a sua pena, o ostracismo, Jucaz só pensava em uma coisa: "Eles iram se arrepender...Tenho o Livro Negro e minha coragem... Quando eu retornar do Abismo com o Orbe de Zot eles pagarão..."

Dentre as milenares artes praticadas e não praticadas pelos Centauros algumas não eram bem vistas...mas a Necromancia era com certeza a mais inédita e odiada...ele gostava...O Livro Negro já o ensinara a causar extrema dor em qualquer ser vivente apenas fixando-lhes o olhar...é certo que ele também sentia injurias no processo...mas ele suportava... ele queria mais... ele ansiava por vingança...

Ele desceu as frias escadarias e ao pisar no solo fétido das antecâmaras do Abismo soube que a vingança tardaria... e seria servida gelada... Estava provido de apenas de dois toscos pães, vestindo somente um velho e esfarrapado robe de linho que mal cobria a sua metade humana...mas ele tinha o livro...e a dor seria a sua armadura...mas Jucaz tinha ainda que decifrar o restante das infâmes páginas abissais do maldito volume...ma isso vinha mais tarde...agora ele tinha de se localizar...

Estava na quina de um corredor de pedra que começava onde terminavam os degraus que levavam à superfície... seguiu a diante vagarosamente... esforçando-se para trotar silenciosamente no piso duro...o corredor fez quatro curvas de 90 graus para a esquerda, como numa espiral quadrada, e terminava numa bifurcação poderia seguir a sinistra uma quinta vez ou virar para direita... foi o que fez....pelo caminho da destra veio a chegar em outra encruzilhada...para os dois lados a escuridão se estendia em linha reta...optou pela direita outra vez seguindo um leve declive do terreno... ouviu ruidos que logo a frente se revelaram produzidos por um pequeno rato gigante... sim eles alcançariam proporções bem maiores ao passo que Jucaz descesse aos níveis inferiores da masmorra... "não deve ser um grande desafio" pensou Jucaz aproveitando-se da oportunidade para praticar seu doloroso feitiço...

Fitou o roedor e murmurou as maldições...mas o rato pareceu resistir ao efeito e seguiu voraz em direção a Jucaz... tentou denovo... o rato começou a se debater e convulsionar no chão... resolveu que seus cascos dariam o golpe de misericordia e pisoteou até a morte a imensa ratazana... analizou friamente a situação e percebeu que talvez o finado rato pudesse vir a ser um refeição necessária mais tarde...mas resolveu so fazer isso se encontrasse alguma lâmina para esfolar o bicho...e seguiu descendo o gélido corredor...

Uns 30 passos a diante encontrou novas ramificações do corredor e um pequeno frasco no chão...algo como uma estranha e oleosa poção marrom... resolveu leva-la no bolso do robe...seguiu em frente...ao cruzar uma esquina um ser peludo e fedido pulou gritando por cima dele...um Hobgoblin...com todo esse barulho mais criaturas desse antro se dirigiriam para lá... rogou sua dolorosa praga no bicho...ele se contorceu mas seguiu atacando...garras passaram perto do pescoço de Jucaz mas não o atingiram... concentração no feitiço de novo e o monstro agonizou... mas jucaz estava ferido...sua própria magia o cobrara seu preço em dor... estava ofegantete...resolveu aguardar imóvel por alguns minutos...a dor passou...prosseguiu...mais 2 Hobgoblins...desta vez armados de porretes...esmagou um deles com os cascos enquanto o outro caia fulminado pela dor...agora sim o desafio aumentava...armou-se com um dos porretes e continuou...

Um salão... paredes nuas e algo de forma quase humana no chão...investigou...era uma bela armadura de couro de feitio élfico...não serviria para ele...mas ao atirá-la ao chão notou outra poção marrom num canto... mas essa não era oleosa... e o frasco era diferente... encontrou também um pergaminho com simbolos estranhos...VUPOR QINIXT... tentou lê-lo em voz alta e sem querer ativou o efeito mágico contido naquelas letras... o pergaminho se esfacelou e nada demais aconteceu... sentiu-se melhor por não carregar aquele papel imundo...mais a frente achou ouro...25 moedas...guardou-as...seguiu...mais moedas...33 dessa vez... um favo de mel pendurado numa parede...a colmeia estava vazia...sugou o doce néctar e se sentiu saciado... trotou pelos caminhos tortos...lutou contra criaturas bizarras porém fracas... achou uma bela lança e se armou com ela...se sentiu mais experiente e resolveu decifrar mais uma página de seu livro medonho... o livro ensinava a carregar a Peste no fio de sua arma... estreou seu conhecimento sinistro na ponta de sua lança e procurou por um adversário para testar o estrago...encontrou...6 ratos gigantes o cercaram...enquanto empalava um deles com sua lança pestilenta, foi mordido nas canelas pelos outros cinco imensos roedores e caiu...tentou em vão alcançar as poções em seu bolso......sua vingança teria que aguardar a próxima existência... os ratos vorazes o maceraram até a morte...Jucaz Est Mortem...

Mais informações: http://crawl.develz.org/wordpress/