Forgotten Books: As Extraordinárias Aventuras do Barão de Munchausen

Eae galera, hoje venho comentar mais um jogo esquecido pelos jogadores veteranos em suas instantes devido à avalanche de novos títulos a serem conferidos no mercado brasileiro e internacional. Desse vez estou tirando a poeira de As aventuras do Barão de Munchaunsen, um RPG muito divertido que posse ser jogado em qualquer lugar, sem dados ou cartas, e até mesmo entre jogadores sem nenhuma prática. Confira!
As Extraordinárias Aventuras do Barão Munchausen" traz regras completas, um cenário histórico e mais de duzentas aventuras prontas para serem jogadas, além de um revolucionário sistema de jogo incluindo dois sistemas de combate, regras resumidas e incontáveis insultos aos habitantes de várias nações, mas principalmente aos franceses.
Barão de Munchausen é um RPG bastante diferente do padrão. Aqui você não tem um Mestre e vários jogadores, o melhor seria todos são jogadores e Mestres.
O jogo é simples. Formem uma roda de amigos. Cada um deve escolher um título de nobreza e um nome (como Barão da Cebola ou Duque das Havaianas, mas nomes próprios como Conde Eltor também servem). Cada jogador deve ter uma quantidade de moedas (ou qualquer outro contador) igual à quantidade de jogadores (assim, 5 jogadores são 5 moedas para cada, 6 jogadores são 6 moedas para cada, e assim por diante). Geralmente o mínimo de jogadores é 4 (mas o mínimo de moedas é 5).
Decidam quem começa. Aquele que começar deve perguntar à pessoa da direita como ela conseguiu realizar um feito absurdo. Por exemplo: "como um bando de cisnes vos ajudou a resgatar o príncipe da Pérsia, que foi raptado?". Oficialmente, o alvo da pergunta pode dizer que está com a garganta seca demais para responder à pergunta, mas vamos ignorar a pergunta porque não quero falar do jogo como um drink game, e sim como um RPG.
O alvo deve, então, contar uma história incrível de como ele conseguiu realizar tal feito. Apenas mantenham consciência de que o jogo se passa no século XVIII (pode se passar em outras épocas, mas experimente fazer no século XVIII para ver como e quanto é divertido). O Iluminismo está em voga, então nada de magia. Mas um castelo voador é perfeitamente plausível cientificamente falando, não é verdade?
Certo, agora aos detalhes do jogo: enquanto a pessoa está contando a história, qualquer outro jogador pode interrompê-lo colocando uma moeda à frente e colocando um obstáculo na história.
Digamos, por exemplo, que eu esteja contando "então eu enfrentei todo o exército imperial com minha espada enquanto segurava a mão de minha mulher porque ela estava no trabalho de parto dela".
Você pode colocar uma moeda e perguntar "mas como você pôde fazer isso se você é maneta?".
Nesse momento duas coisas podem acontecer: eu aceitar o obstáculo (dizendo, por exemplo, "sim, eu sou maneta, mas estava empunhando a espada na boca") ou recusar (dizendo, por exemplo, "homem tolo, não vê que eu tenho ambas as mãos? Como haveria de ser maneta?").
Caso aceite, eu pego sua moeda. Se recusar, você fica com sua moeda e eu lhe dou uma de minhas moedas. Você pode então insistir com a pergunta, colocando mais uma moeda em jogo, e eu posso recusar novamente, colocando mais uma também, até que um dos lados ceda (ou não tenha mais moedas).
A única interrupção ou pergunta que não é possível é qualquer coisa parecida com "mas vós não morrestes?". Se a pessoa está lá contando, é óbvio que ela não morreu.
Insultos diretos podem ser resolvidos com duelos, que são simplesmente pedra-papel-tesoura (de três). O vencedor fica com as moedas do perdedor, e o perdedor sai do jogo.
Quando você finalmente acabar a história, deve fazer uma pergunta à próxima pessoa à sua direita, até que todos tenham contado uma história.
Quando todos tiverem contado, deve-se votar no melhor narrador e dar todas as moedas à pessoa. Depois da votação, quem tiver mais moedas ganhou o jogo.