Conceituando o Role-Playing Game


Vida longa e prosperidades a todos. Aqui o bardo Heylian de volta com mais algumas reflexões sobre este que é o nosso jogo mais apreciado. Tendo em vista o constante número de novos jogadores que aderem à pratica do RPG continuo com minha mesopotâmica missão de definir, conceituar e exemplificar o jogo. Espero que estes versos sirvam tanto aos novatos quanto aos veteranos. Que a força esteja com vocês.
Um RPG, ou Role Playing Game (Jogo de Interpretação de Papéis), é um jogo de estratégia e imaginação, em que os jogadores interpretam diferentes personagens em diferentes mundos - vivendo aventuras e superando desafios.


O RPG é um jogo pouco convencional. Em um teatro, os atores recebem seu guião (ou "script"), o conjunto de suas ações, gestos e falas, com tudo o que seus personagem devem saber. Você interpreta um personagem de ficção, seguindo o enredo definido em um roteiro. Num jogo de estratégia, por outro lado, você está seguindo um conjunto de regras aonde, para vencer, você precisa vencer desafios impostos por seus adversários. Cada partida é única, já que é impossível prever seus movimentos durante o jogo. No RPG, esses dois universos se unem.


Como em um jogo de estratégia, há algumas regras que definem o jogo, e aquilo que seu personagem pode ou não pode fazer. Esse conjunto de regras é chamado sistema. Como no teatro, cada personagens tem uma história, e deve ser interpretado assim como os atores fazem. Mas, diferente de um jogo de estratégia, você não luta contra um adversário específico, mas vive aventuras em um mundo imaginário. Diferentemente do teatro, você não segue um roteiro, mas age pelo seu personagem com liberdade de ação.
Um grupo de RPG pode ter de duas até dez pessoas. Não existe um número específico, embora a maioria dos grupos tenha uma média de 4 até 6 integrantes. No RPG, existem dois tipos básicos de jogadores muito bem definidos: O primeiro tipo é o jogador personagem, o jogador que cria um personagem seguindo as regras do sistema em questão, e será aquele quem controlará esse mesmo personagem pelas aventuras.


O segundo tipo de jogador é o narrador ou mestre. Será ele quem criará a história, e julgará as ações de todos os personagens do jogo. O narrador não possui um personagem, mas controla todos os personagens não-jogadores da aventura - o que seriam os coadjuvantes da peça de teatro. Enquanto o jogador tem uma relação com um ator de teatro, o narrador seria o diretor. Aquele quem define o cenário, figurantes, ambiente e tudo mais. Por isso mesmo, o narrador é aquele que deve conhecer as regras mais profundamente, e deve ser o mais experiente do grupo.
Cada sessão de RPG pode ser chamada de uma aventura. Uma sucessão de aventuras torna-se uma "campanha". Cada jogador cria o seu personagem baseado no mundo que o narrador/mestre determinou, e viverá nele as suas aventuras. Ao término de cada aventura, o personagem recebe pontos de "experiência", que representam o seu aprendizado. Estes pontos podem tornar o personagem mais forte, dando mais vantagens e habilidades. Por esse motivo os mesmos personagens costumam ser usados em campanhas. Nessas campanhas, os personagens mantém tudo aquilo que conseguiram em suas jornadas anteriores (sendo essa a vantagem de jogar em campanhas ao invés de várias aventuras isoladas), se tornando mais fortes e experientes, e com uma história mais complexa.



Existem muitos tipos diferentes de RPGs, e cada um possui as suas próprias regras. De forma geral, quando um jogador decide fazer alguma coisa, o narrador decide o resultado. Quando é uma ação complicada (como pular grande distância ou fazer uma acrobacia), o narrador pode exigir um teste, que é feito com uma jogada de dados representam o fator aleatório existente, o que representa a chance do personagem conseguir ou não realizar a ação pretendida. Cada sistema possui suas próprias regras para definir o sucesso ou falha de cada ação, calculando a probabilidade do resultado ser ou não favorável.